Essa vontade
começou ainda na juventude por gostar de criança e sempre estar envolvido na
prática esportiva, sempre desejei que um dia esse sonho pudesse ser realizado.
Após o termino do então colegial (hoje segundo Grau) a escolha em fazer
Educação Física já estava decidida.
Com o
término da faculdade o ingresso na carreira não demorou muito, embora todo o
começo seja difícil e também foi para mim.
Adorava
ensinar as crianças, sentia prazer em poder passar um pouco da minha
experiência como educador. Ensinar se tornava a cada dia mais importante.
Nas aulas eu
ficava imaginando que algumas daquelas crianças poderiam ser minhas filhas e
ficava imaginando e desejando que algum dia eu pudesse dar aula para
minhas próprias filhas, isso seria o Máximo, pensava eu.
O casamento
chegou e a esperança de ser pai se tornava cada vez mais presente em mim, mas
por diversas circunstâncias na época isso não foi possível e então veio a
separação.
Por vários e
vários e vários anos ficava mais no colégio do que na minha própria casa,
passava até 12 horas dando aula, talvez esse fosse meu refúgio natural, estar
com crianças e amigos Professores, pois a vida de solteiro e a solidão não eram
fáceis.
Mas o sonho
em ser pai, e pai de uma menina, continuava e por várias vezes ficava me
imaginando brincando, correndo, pulando com ela.
Com o
nascimento da minha sobrinha e afilhada, meu coração foi acalentando. Desde seu
nascimento eu participava de quase tudo e fazia o melhor que podia na vida dela
passando grande parte de sua infância e adolescência juntos em passeios,
festas, shopping e presentes (só pedia coisas caras...rs..) mas eu fazia com
todo amor e carinho.
Para mim ela
sempre foi minha filhinha e hoje com 25 anos continua sendo meu xodó de sempre.
O tempo foi
passando, mas a fé, a esperança e o sonho permaneciam dentro do meu coração
e sempre que ouvia canção “o filho que quero ter” do Toquinho me via
em lágrimas e me perguntava até quando esperar.
Muitas vezes
cheguei a pensar "...será esse o meu destino, não ser pai e se não fui até
agora foi porque Deus não quis, ele sabe o que faz..." mas no meu ser
sempre ficava a esperança e a Fé que um dia pudesse acontecer.
Casei pela
segunda vez, com uma mulher incrível, amiga, parceira estávamos juntos há algum
tempo, conversávamos sobre filhos, mas já falávamos pouco sobre isso. Eu já
estava mais conformado com o destino e com o avanço da idade a idéia e o desejo
pareciam mais longe.
Então quando
já não esperávamos mais veio a noticia..
Vamos ganhar
um bebê. E agora !!!!
Caro AMIGO Gilberto, belo relato, com "gosto de quero ler mais"!
ResponderExcluirAbraços,
Marcelo Dias Pereira